
A diferença de pouco mais de 2% entre Márcio Lacerda e Leonardo Quintão (PMDB) foi uma surpresa para a imprensa, para a mídia e até mesmo para o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel. Os governantes chegaram a declarar não esperar tal resultado.
Iniciou-se a reta do segundo turno, a corrida pelas alianças e pelo voto de um eleitorado que não teve seu candidato eleito e agora terá que fazer outra opção.
O momento também é decisivo para manter os votos conquistados no primeiro turno, evitando deslizes nos discursos com conflitos de promessas e informações e consequentemente a possível perda desses votos.
A propaganda eleitoral gratuita teve início nessa segunda-feira, dia 13 de outubro e cada candidato terá direito a nove minutos para conquistar a confiança do eleitor.
O PCdoB, partido da deputada federal Jô Moraes, terceira colocada, no primeiro turno, optou por apoiar o candidato Leonardo Quintão. Essa decisão também foi adotada por parte do PT que foi contrária a Aliança.
Dois candidatos, duas opções, duas personalidades totalmente diferentes, a do candidato tímido, quieto, sério e “piscador”, que faz questão de salientar o apoio das duas maiores figuras do estado e a do mineirinho, que afirma que “qué cuidá de gente”, e tenta ao máximo se aproximar do eleitor usando o jeitinho mineiro.
É momento de decisão e hora para eles mostrarem a que vieram. Acredito que a sociedade belorizontina está insegura e confusa. O que é mostrado é que caso Lacerda vença tudo ficará igual, mas e si o vencedor for Quintão?
Penso que o primeiro turno foi uma grande amostra de que parte da população de Belo Horizonte espera mudanças e está disposta a arriscar.
Já que se falou tanto em abelha no primeiro turno, espero que a escolha pela mudança, pelo novo, não nos deixe com uma abelha na orelha por quatro anos. Se isso acontecer a abelha terá sotaque mineiro, já que acredito que Quintão terá a vantagem. Creio que a população simpatizou com o jeitinho e com as propostas do candidato do PMDB, por isso espero que dê certo, pois apesar de depositar um voto de confiança no candidato, não será fácil a possibilidade de uma decepção futura com um candidato que hoje diz, “Dá pra fazê gente!”, dizendo daqui a algum tempo, “Calma que dá gente” e futuramente na tentativa de reeleição, “Num deu mais vais dá gente, pode confiá”.